Magister Dixit

A estrada da Serafina , às portas de Lisboa , era um dos locais favoritos para os  "fanáticos" dos automóveis da capital testarem o seu talento e as suas máquinas , improvisando verdadeiras corridas ao longo da rampa , enquanto as autoridades fingiam que não viam . Uma vez por ano , porém , a rampa mudava de nome ,  chamava-se Monsanto , e era completamente legal subi-la de acelerador a fundo  , mas tal exercício só era recomendável a quem sabia da "Arte de bem conduzir estrada acima" .
Mais de uma centena de concorrentes apresentou-se à partida para a Rampa de Monsanto , onde Ernesto Neves vai produzir mais uma exuberante demonstração de talento , vencendo de forma absolutamente categórica os três agrupamentos em que participou  ( Grupo 1 , Grupos 3,4 e 5 , e Fórmula Ford ) ,  pulverizando , pelo caminho , o record absoluto da prova . O "festival" começou no Grupo 1 , onde "Nené" , com o Camaro Z28 , "deu" quase três segundos ao melhor classificado da concorrência , formada por nomes como Bernardo Sá Nogueira , "Nicha" Cabral , Carlos Santos , Melville , e muitos outros . Na Fórmula Ford a história repetiu-se e o segundo classificado ficou a quase 2 segundos , enquanto que o Lotus 62 "esmagava" os Porsche 907 e 906 de Carlos Santos e Américo Nunes , respectivamente , na prova de Grupos 3,4 e 5 .
Explica Ernesto Neves :  « Esta rampa é muito curta e tem uma recta grande que é quase metade da sua extensão total . Tem meia dúzia de curvas mas que , de qualquer maneira , não deixam de marcar uma certa diferença entre os que andam e os que não andam . No meu Lotus 62 só faço três mudanças para efectuar todo o percurso . Isto é significativo . »
Magister dixit .



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