Em 1971 , o Circuito de Vila Real , incontestavelmente o "grande palco" do automobilismo nacional da década de 60 e princípios de 70 , começa a dar sinais de decadência , nomeadamente a nível da lista de inscritos para a prova "rainha" , GT & Protótipos ( grupos 3 , 5 e 6 ) . Ernesto Neves apresenta-se com um Ford Capri 3000 de série , ínscrito pelo Team Palma para a corrida dos Grupos 1 e 2 , que se disputou em simultâneo , e vence o seu agrupamento ( Gr.1) , enquanto Jorge de Bragation , num Ford Capri de Grupo 2 , se sagra vencedor absoluto .
A outra novidade ficou para a corrida principal , em que "Nené" se apresenta com o recém adquirido Lotus 62 , um de dois chassis idênticos que Martin Waide concebeu para a Lotus Components e que era , basicamente , um desenvolvimento do Lotus 47 equipado com o novo motor Lotus DOHC , de dois litros de cilindrada . Porém , o carro apresentava ainda vários problemas de preparação e Ernesto Neves acabou por ter uma prestação modesta , não completando a corrida , uma vez mais ganha por Jorge de Bragation , desta vez ao volante de um Porsche 908 . Foi também nesta prova que apareceu um jovem Rui Guedes , tripulando um competitivo Porsche 907 , com o qual viria a obter um excelente quarto lugar nos treinos de sexta feira . No entanto , o carro seria destruído num inexplicável acidente durante a tarde de sábado .
Finalmente , "Nené" vence a corrida dos Fórmulas , que estranhamente mistura os F. Ford com os decadentes Formula V .
Os Ford Capri de Ernesto Neves ( esq) e Jorge de Bagration , respectivamente vencedores das corridas de Grupo 1 e Grupo 2 ( Fotografia de Carlos Guerra ) .
O Lotus 62 nas boxes ( colecção Francisco Vieira e Brito ) . A designação Lotus Europa Racing destinava-se a promover o modelo com o mesmo nome , representado em Portugal por Palma & Morgado .
Sem comentários:
Enviar um comentário