Volta a Portugal 1970

Partida da equipa Ernesto Neves / Raposo de Magalhães, em Lotus Elan, para a Volta a Portugal de 1970. Empunhando a bandeira nacional e dando o sinal de largada está o Conde de Monte Real, figura do maior relevo da sociedade portuguesa e do automobilismo nacional, cuja vida privada irá em breve cruzar-se com a de "Nené". Mais tarde, o carro com o número 3 abandonaria a prova devido a avaria mecânica.

Luis das Neves

O irmão mais velho, Luis, foi durante muito tempo uma referência e inspiração para a vida e carreira desportiva de Ernesto Neves. Desaparecido precocemente, aqui fica um registo de uma curta mas intensa existência e de uma personalidade que deixou muitas saudades.


Em cima, Luis das Neves visto por Luis Bívar. À esquerda , os irmãos Neves no "Caixote", em Cascais, e, à direita, em Vila Moura

Em cima, à esquerda, com "Manecas" Mocelek e, à direita, com "Mané" Nogueira Pinto. Em baixo, com "Nicha" Cabral e Margarida Vinhas



 O início da carreira, em moto. No circuito de Monsanto e com a Gilera então utilizada.

XI Rali Internacional do ACP, 1964, em Alfa Romeo



"Mané", "Manekas" e os Stanguellini

"Mané" Nogueira Pinto e Manuel "Manekas" Mocelek eram companheiros inseparáveis de Luis das Neves quando este vivia no Luxemburgo e juntos percorriam alguns países da Europa central para disputarem corridas de automóveis. Os "Stanguellini" de Formula Junior foram a "arma" escolhida para essa missão, tendo Mocelek  vencido uma corrida em Paris e Nogueira Pinto seria o vencedor da corrida de suporte do Grande prémio do Porto de 1958. Estava-se na década de 50 e Ernesto Neves ainda não tinha passado da bicicleta.
Estes carros eram produzidos pela família Stanguellini, em Itália, e vinham equipados com motores Fiat 1100. Cerca de cem exemplares foram produzidos entre 1958 e 1963, tendo servido de veículo de aprendizagem a nomes como Von Trips e Lorenzo Bandini, entre outros.