Cinquenta Mil!

Este blogue acaba de ultrapassar a marca dos 50 mil leitores, número verdadeiramente significativo, particularmente se tivermos em conta que a carreira desportiva de Ernesto Neves terminou há quase 40 anos. É assim mesmo. As lendas não têm limite de idade.
Para celebrar a efeméride, nada melhor que ilustrar este texto com o símbolo da vitória, a coroa de louros. E não estão aqui todas. Longe disso.


















Em Repouso

Durante demasiado tempo (vários anos) o Lotus 62 repousou em várias garagens de Lisboa até que, em 1995, encontrou um novo proprietário depois de Ernesto Neves ter colocado um anúncio de venda numa conceituada revista inglesa da especialidade, Classic Cars. Estas são imagens inéditas relativas a esse período.


Selenia Ghibli Open Cup 1995

Em 1995, Ernesto Neves participou na sua última corrida "a sério", tripulando um Maserati Ghibli na prova da Selenia Open Cup disputada no Autódromo do Estoril. Depois de uma paragem de 22 anos, "Nené" voltou aos circuitos  e mostrou que o essencial ainda "estava lá", como o comprova o excelente 8º lugar obtido na corrida, depois de ter sido 11º nos treinos. Outro veterano, Arturo Merzario, seria o vencedor.


Ainda o Lotus 62

Em Junho de 1990, a revista inglesa Thoroughbred & Classic Cars publicou um curioso texto sobre os Lotus 62, ilustrado com a imagem que aqui se junta. Graham Arnold, o Presidente do Clube Lotus, faz o seguinte comentário:
"Colin Chapman pediu a Jim Endruweit para levar um chassis de Lotus 47 para as instalações do Team Lotus. De seguida, foram criados dois protótipos sem recurso a quaisquer desenhos ou planos, tendo apenas como referência  a base do 47. Em ambos os chasssis foram instalados motores Lotus LV/240 de 16 válvulas, construídos a partir de blocos Vauxhall. Lembro-me que quando os carros começavam a ganhar forma, de cada vez que eram testados regressavam à base para colocarem mais um conjunto de apêndices aerodinâmicos destinados a manter a estabilidade do conjunto. Mais tarde, os dois Lotus 62 foram entregues a John Miles e Brian Muir, que com eles participaram em várias provas, sem grande sucesso. John Miles dizia que, em relação à potência disponível, este era um dos carros mais lentos em linha recta que alguma vez tinha conduzido e que, provavelmente, todo o conceito da parte frontal estaria errado, uma vez que este Lotus tinha uma incontrolável tendência para levantar voo". 
No final do texto, Graham Arnold assegura que o chassis T62/01 estava nos EUA, enquanto que o T62/02 tinha sido vendido para uma colónia portuguesa em África (Angola) e estaria agora de volta a Portugal. 
Esta versão é confirmada por Ernesto Neves, que voltou a ser proprietário do carro pouco depois do seu regresso a Portugal, na década de 70, e o manteve até 1995, altura em que o Lotus 62 foi vendido para o Japão.
Na imagem, obtida no Hipódromo de Cascais, é o cavaleiro olímpico António Vozone quem voa por cima do Lotus 62.

Há mais de 40 anos no ACP!

Quantos clubes se podem gabar de ter sócios tão antigos? Mário Madeira era o presidente do maior clube português de sempre em 1969.