O Regresso do GRD

Em fase final de restauro na Gelscoe Motorsport, Inglaterra, eis o GRD / Ford que outrora foi pilotado por Ernesto Neves / Carlos Santos e que agora se prepara para voltar aos circuitos portugueses pelas mãos do filho deste último, Carlos Filipe Santos.



Vitória em Vila Real

Partida para a corrida de Fórmula V integrada no Circuito de Vila Real de 1969. Na primeira fila estão Ernesto Neves, Colaço Marques e António Barros, os dois primeiros em "Palma V" e o último em "Aurora V". Vitória folgada de Ernesto Neves, que deixou o "Olympic V" de Nogueira Pinto a mais de 30 segundos, ficando o "Aurora V" de R. Cavagnac em terceiro lugar.


Vila Real 66 ( a cores)

Só um tal John Miles (que chegaria à Fórmula 1) conseguiu levar o seu bem mais poderoso Ford Lotus Cortina a andar mais depressa que o pequeno Morris Cooper S Broadspeed de "Nené". Aconteceu no Circuito de Vila Real de 1966 e ambos terminaram por esta ordem a corrida de Turismo. A seguir vieram o Alfa Romeo GTA de Carlos Gaspar e o Ford Lotus Cortina de Carlos Fernandes.


Vila do Conde 71

Imagem inédita da partida para o Circuito de Vila do Conde de 1971 em que se vê o Lotus 62 de Ernesto Neves "entalado" entre os Porsche 906 de Carlos Santos e Américo Nunes.
Fotografia de Luis Sousa


Quadros

Não se trata da colecção completa das aguarelas de Ernesto Neves, mas esta parede de casa de uma amiga, forrada com quadros elaborados a partir dessa série, dificilmente poderia ser mais interessante.




Rampa da Pena 72

O Lotus 62 de Ernesto Neves, recordista absoluto da Rampa da Pena, aqui fotografado durante a edição de 1972. O tempo registado, que ainda hoje continua por bater, foi de 01´50:35. O concorrente que mais se aproximou deste registo foi um tal … Ernesto Neves, mas ao volante de um Lotus Fórmula Ford, com 01´52:27.

Fotografia de João Lacerda


O Reencontro

Quarenta e dois anos separam estas duas imagens. Na primeira, Ernesto Neves e Emerson Fittipaldi encontram-se em Interlagos durante a Copa Brasil de 1970 e aí começa uma longa e duradoura amizade. Na segunda, os mesmos protagonistas estão juntos no lançamento de uma marca de relógios na discoteca LUX, em Lisboa, no passado dia 3 de outubro. Dois grandes campeões nascidos no mesmo ano (1946) , cujas carreiras foram fruto das respectivas circunstâncias.



No Atelier

Junto com António Peixinho no atelier do artista Ricardo d´Assis Cordeiro, diante de uma tela que documenta a épica "batalha" travada entre ambos no Circuito de Vila Real de 1969.




Um Quinteto de Luxo

António Peixinho, Gisele Barbosa Araújo, Augusto Palma, "Nicha" Cabral e Ernesto Neves fotografados no final do almoço realizado a 18 de setembro no Clube do Peixe, local onde a partir de agora irá existir uma parede decorada com fotografias das figuras mais importantes da história do automobilismo em Portugal. De futuro haverá apenas duas espécies de pilotos em Portugal: os que têm,  e os que gostariam de ter a sua fotografia neste verdadeiro "who´s who" do desporto automóvel nacional.


Em Memória de Luis Fernandes

Completaram-se esta semana 40 anos sobre a data do acidente que vitimou Luis Fernandes, ocorrido durante a primeira volta dos treinos para o circuito de Vila do Conde de 1972. O malogrado piloto tinha celebrado o seu 33º aniversário na véspera e estava de boa saúde, mas ninguém sabe explicar por que razão o seu carro "saiu em frente" na curva do rio. No local da tragédia existe agora um pequeno memorial inaugurado pelo presidente da autarquia em 2010, durante o Vila do Conde Revival.
Luis Fernandes e Ernesto Neves eram rivais na pista, mas grandes amigos fora dela, razão pela qual aqui se presta uma sentida homenagem na data em que celebraria 73 anos de idade.
As imagens documentam a primeira vez que ambos se encontraram como vencedores (Rampa da Pena 1967) e a expressão de Ernesto Neves quando recebeu os louros pelas duas vitórias que conquistou em Vila do Conde durante o fatídico fim de semana de Agosto de 1972.



Fórmula 3 no Estoril

Taça João Ortigão Ramos, corrida de Fórmula 3 a contar para o Campeonato de França, um dos mais competitivos da época, integrada no programa de inauguração do Autódromo do Estoril, em 18 de junho de 1972. Na primeira fila da grelha podem ver-se os dois Renault Alpine 364 de Michel Leclère e Alain Serpaggi (nºs 6 e 8) e o GRD de Pierre Rousselot (nº1). Ernesto Neves está no Lotus 69 (nº 15), ao lado do March de John McDonald. Michel Leclère chegaria à Fórmula 1, tendo disputado o Campeonato Mundial de 1975 ao volante de um Williams FW5, enquanto que Alain Serpaggi viria a inscrever o seu nome na lista dos vencedores das 24 Horas de le Mans.
Na imagem de baixo "Nené" persegue o Martini RK9 de Jacques Coulon (nº 31), que viria a terminar em terceiro lugar, mas o motor Vegantune do Lotus não aguentou o esforço e pouco depois o Campeão português seria forçado a abandonar.
Inscreveram-se 30 pilotos para esta prova, entre eles mais dois portugueses: Carlos Azevedo e Jorge Pinhol. Ernesto Neves, com um chassis F. Ford adaptável a F3 e F2, fez o 4º melhor tempo absoluto nos treinos de qualificação.



Para a História

Durante quase um século que leva já a história do automobilismo em Portugal, uma dúzia de pessoas terão feito toda a diferença no que respeita a talento e a resultados. Por uma feliz coincidência, três delas aparecem juntas nesta fotografia: Joaquim Filipe Nogueira, Ernesto Neves e Augusto Palma, figuras de primeiríssimo plano daquela que muitos consideram ter sido "a época de ouro" do automobilismo nacional.


Ricardo D´Assis Cordeiro

Ricardo D´Assis Cordeiro é um artista plástico de reconhecido talento, com larga experiência e dezenas de participações em mostras e exposições de Arte um pouco por todo o país. Recentemente "converteu-se" aos automóveis antigos e os resultados não podiam ser mais encorajadores. A aguarela que aqui se junta mostra os Ford Escort TC de Ernesto Neves e António Peixinho à frente do BMW de José Lampreia durante o circuito de Vila Real de 1969. Trata-se de um estudo para um trabalho em óleo sobre tela que irá surgir em breve.
Este e outros trabalhos do artista Ricardo D´Assis Cordeiro sobre este tema podem ser vistos  aqui


Lotus 62 em Escala 1/43

Esta será seguramente uma das poucas (a única?) miniaturas do Lotus 62 que Ernesto Neves utilizou com tanto sucesso nas épocas de 1971 e 72. Realizada em escala 1/43 por Bernardino Garcia dos Santos, deixemos que seja o próprio a contar uma parte da sua história, enviando-lhe desde já um abraço de agradecimento e parabéns pelo excelente trabalho produzido:

"Embora tenha uma grande colecção de modelos de automóveis à escala 1/43 adquridos no mercado "já prontos", o Lotus 62 foi o primeiro modelo de um automóvel que construí, pois o meu modelismo habitual são
os aviões. Junto fotos do modelo que acabei na semana passada e mais algumas fotografiasque serviram de referência, dessa prova de inauguração do Autódromo do Estoril, dos grupos 3, 4 e 5.
O modelo tenta reproduzir o carro que correu na inauguração do Autódromo do Estoril....faz este fim de semana 40 anos. Embora o Ernesto Neves tenha desistido nessa prova, reproduzi essa versão pelo facto de possuir uma cópia do postal do Autódromo do Estoril que tem a fotografia da traseira do carro, da qual não conheço mais nenhuma fotografia. O modelo foi transformado a partir de um kit 1/43 da Provence Moulage, em resina, sendo os decalques feitos por mim no computador."




17 de junho de 2012. O momento em que Ernesto Neves autografava a miniatura do Lotus 62 junto do seu autor, o Coronel Engenheiro Aeronáutico Bernardino Garcia dos Santos






Harley Davidson & Porsche

Imagens do encontro do HOG, Harley Owners Group, que teve lugar em Cascais no passado fim de semana, 15 a 17 de Junho de 2012. Eram cerca de 12 mil motos vindas de todos os cantos da Europa que se espalhavam pelas ruas da vila e pelas estradas do concelho, num espectáculo cheio de cor e movimento ( e algum barulho…) que dificilmente se repetirá em Portugal nos anos mais próximos.
Ernesto Neves começou a sua carreira desportiva aos comandos de uma Harley Davidson "Ala Verde", há quase 50 anos, e tem por isso uma longa e intensa relação com a marca. São de sua autoria as imagens que se juntam, a maioria feitas do interior do Porsche 911 Carrera S  cedido por Hugo Ribeiro da Silva, do Centro Porsche Porto (clique para saber mais).







Para visitar o site do Harley Owners Group  no capítulo relativo a Cascais clique aqui

Cabelos ao Vento

Depois de ter vencido, com confortável vantagem sobre o segundo classificado (Robert Giannonne), a Taça Conde da Covilhã, prova destinada a carros de fórmula incluída no Circuito de Vila Real de 1971, Ernesto Neves dá uma volta de desaceleração ao circuito, já sem capacete. Isso permitia refrescar a cabeça e aliviar do intenso calor que se fazia sentir, mas o objectivo confessado era ouvir melhor os aplausos dos milhares de espectadores que então vibravam com as proezas do jovem Campeão.
O carro utilizado era o Lotus 69F de Fórmula Ford.

Fotografia cedida por Gonçalo Macedo e Cunha
Bibliografia : Circuito de Vila Real 1931 - 1973, de Carlos Guerra


O GRD na Lagoa

Mais imagens da participação de Ernesto Neves na Rampa da Lagoa Azul de 1981, no GRD que tão bem conhecera dez anos antes e que agora pertencia a Mário Silva. Tratou-se de um regresso eventual, sem qualquer continuidade, só para "fazer o gosto ao dedo".
Mesmo assim, e ao volante de um carro mais que obsoleto, "Nené" conseguiu um brilhante 2º lugar da Classificação Geral, apenas batido pelo Aurora Porsche de Grupo 5 de Joaquim Moutinho.




Vila Real 1969

Um elegantíssimo Ernesto Neves prepara-se para a partida da prova denominada Taça Aureliano Barrigas, para carros Fórmula V, incluída no Circuito de Vila Real de 1969. "Nené", tripulando um Palma V, venceu a corrida à frente de Manuel Nogueira Pinto e Rui "Cavagnac".
Neste mesmo ano disputaram-se as 6 Horas de Vila Real, cujos vencedores seriam David Piper e Chris Craft, em Porsche 906. Este último, Chris Craft, refere numa entrevista publicada na revista Octane, edição de Maio de 2012, que Vila Real foi um dos circuitos que mais gostou de participar em toda a sua carreira como piloto de automóveis.
Fala quem sabe.
Bibliografia:
-  Circuito de Vila Real 1931 - 1973, de Carlos Guerra
-  Fotografias de João Lacerda



Ford Escort em Escala 1/43

Mais imagens da miniatura agora lançada pela "Troféu" onde se reproduz o Ford Escort Twin Cam do Team Palma que Ernesto Neves levou ao terceiro lugar no Circuito de Vila Real de 1969, na categoria de Turismo. O fabricante já anunciou que não está prevista uma segunda edição deste modelo, apesar de a primeira já estar praticamente esgotada.



Corrida ... a Pé!

Partida tipo Le Mans para o Circuito da Granja do Marquês, em Sintra, no ano de 1967. Ernesto Neves, vestido com camisa de seda, shorts e sapatos Gucci, dirige-se em bom estilo para o Lotus Elan, enquanto um "mais pesado" Carlos Faustino, vestido a rigor com "goggles", fato de competição e tudo, vai demorar um pouco mais a entrar no seu já algo cansado Porsche RSK.



Jornal dos Clássicos Online

Está finalmente disponível na Internet a edição online do Jornal dos Clássicos, uma publicação que vem dar seguimento a um trabalho altamente meritório levado a cabo num passado relativamente recente e que permitiu ao título original conquistar um lugar de destaque no panorama nacional de Clássicos.
O projecto que agora se apresenta não podia ter começo mais auspicioso, apresentando-se aos leitores  com um visual extremamente apelativo e claramente "user friendly". Como se isso não bastasse, o Jornal dos Clássicos http://www.jornaldosclassicos.com/ publica o trabalho que aqui se junta sobre a carreira de Ernesto Neves.
Para o Pedro Correia Mendes e Vasco Ricardo, as "caras" deste projecto, vai um abraço solidário com o nosso reconhecimento e com os votos do maior sucesso para o trabalho a que agora dão início.
EN/JG

Arquivos

Fotobiografia de Ernesto Neves publicada online

O Melhor Piloto do Século XX

Resultado de uma votação realizada em 2001 por um conjunto de 107 jornalistas da especialidade para escolherem o piloto português que mais se distinguiu no desporto automóvel durante o século XX.
(Clique para aumentar)

Vila Real 1969

Três imagens inéditas, gentilmente cedidas por João Lacerda,  relativas à participação de Ernesto Neves no Circuito e nas 6 Horas de Vila Real de 1969.
O Ford Escort TC é o mesmo que deu origem à miniatura recentemente editada pela "Troféu" e que já foi apresentada neste espaço, enquanto que o Lotus 47 (aqui numa rara imagem a cores) foi o carro que "Nené" e Miguel Rau partilharam nas "6 Horas". O Escort terminaria na terceira posição na corrida de Turismo e o Lotus 47 viria a abandonar na prova das 6 Horas devido a um acidente provocado por uma falha mecânica.
Na corrida de Fórmula V a história seria diferente e Ernesto Neves acabou por dominar a seu gosto,  conquistando mais uma saborosa vitória, depois de ter obtido a "pole position" nos treinos e de ter conseguido o registo da volta mais rápida durante a prova. Tudo isto no seu ano de estreia na categoria.



Um Exemplo

Há muito que a "Vespa" é o meio de transporte urbano por excelência em muitas das grandes cidades da bacia do Mediterrâneo. São dezenas (centenas?) de milhar em Roma, Barcelona, Palermo, etc, movendo-se com à vontade em todos os sentidos e todas as direcções, transportando consigo pessoas de todas as idades e condições sociais, desde o jovem surfista ao executivo de fato e gravata.
Em Portugal, como de costume, tem sido lenta a transição e só agora se começam a ver alguns sinais de simpatia de uma parte da população das cidades por este imbatível meio de transporte. Económica, fácil de manobrar e estacionar, "isenta" de multas de trânsito e razoavelmente segura, a "Vespa" deveria ser obrigatória em países com um clima como o nosso, mas os velhos hábitos custam a mudar e ainda há quem prefira vir de Mercedes para a cidade, por muito que isso implique horas nos engarrafamentos e moedas de euro para os arrumadores. São restos do ridículo e obsoleto conceito de "imagem", frequentemente disfarçado com argumentos relacionados com a segurança ("o carro é mais seguro, blá, blá, blá…").
Ernesto Neves, que nada tem a provar em matéria de automóveis, dá o exemplo: na cidade, só se chover a cântaros tira o carro da garagem.



O Senhor da Pena

Mais detalhes sobre a participação (e vitória) de Ernesto Neves na Rampa da Pena de 1978, após cinco anos de afastamento da competição. Ao volante do Lotus 69 transformado por Augusto Palma e inscrito na categoria Fórmula Livre, Nené não deu hipóteses à concorrência e venceu a prova com larga vantagem para o segundo classificado, Mário Silva.
(Colaboração de José Mota Freitas)

1º           ERNESTO NEVES                             LOTUS 69-FORD                              1.46.40
2º           MÁRIO SILVA                                   LOLA T 204-FORD                           1.50.47
3º           MÁRIO SILVA                                   PORSCHE CARRERA RS                  1.54.12
4º           TINO PEREIRA                                 DE TOMASO PANTERA                  1.58.16
5º           ANTÓNIO CAREIRA                        LOTUS 61 M - FORD                       1.59.18
6º           ORLANDO GONÇALVES                 GRD S73-FORD                                1.59.48

Nota do editor: o tempo obtido nesta prova por Ernesto Neves continua ainda hoje a constituir o "record" oficioso da Rampa da Pena.

 


Miniatura

Modelo à escala 1/43 do Ford Escort Twin Cam do Team Ford Palma que Ernesto Neves tripulou na prova "6 Horas de Vila Real" de 1969. Realizado pela "Troféu" numa série de apenas 150 unidades e com uma qualidade de construção acima da média, esta miniatura promete vir a transformar-se numa peça de referência nas estantes dos principais coleccionadores de Portugal.



Nota do Editor - Este foi o carro com que Ernesto Neves terminou em 3º lugar na corrida de Turismo do circuito de Vila Real de 1969. Na prova intitulada "6 Horas de Vila Real", integrada no mesmo fim de semana, o carro utilizado foi um Lotus 47, que "Nené" partilhou com Miguel Rau. A equipa viria a abandonar devido a falha mecânica.
O fabricante irá corrigir a legenda nas unidades que ainda não chegaram ao mercado e admite produzir uma nova série de 150 exemplares deste modelo, embora com a decoração relativa a outra prova, possivelmente Vila do Conde 1969 ou 70.

Ferrari

Em 1966, ao volante do Ferrari 250GT Cabrio do irmão.

Duas décadas depois, com o amigo e sócio Joaquim Nicodemos e os respectivos Ferrari